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domingo, 25 de novembro de 2012

E as Bellydance Superstars?

No início dos anos 2000, quando eu era aluna, dançar as músicas dos CDs do grupo Bellydance Superstars (BDSS), comandado até hoje por Miles Copeland, não só era legal como era comum. Até porque os CDs reuniam vários estilos e traziam rotinas orientais já editadas para tamanho "palatável". E os shows eram magníficos (afinal, estadunidense entende de produção)! Daí vinham os DVDs didáticos, de performances... Nesse vídeo abaixo, o show completo no Folies Bergère em Paris (que show!). Para quem não conhece, dá para se ter ideia do quão grandiosos são seus espetáculos:


Muita gente aqui no Brasil e no mundo, foi influenciada pelo estilo "jazz" das BDSS, com suas fusões, músicas e coreografias modernas. E ousaria em dizer que ainda são. Particularmente, a minha preferida sempre foi a Sonia, apesar de sua expressão ser meio sem sal. Eu a acho muito limpa e delicada:


E impossível não nunca ter ouvido falar da Amar Gamal com seus wings, Rachel Brice, que popularizou o Tribal Fusion e Jillina, com seu quadril poderoso! Da mesma forma que as BDSS lançaram muitas bailarinas, algumas outras que fizeram parte do grupo até hoje, não sei por quê "mereceram" destaque. A única que continua é a Petite Jamila.

E agora? Cadê elas? Por que ninguém mais fala em BDSS?

Acho que teve a ver com uma necessidade do retorno "às origens"... as pessoas perceberam que tudo estava "moderno" demais e algumas bailarinas procuraram voltar a dançar músicas mais tradicionais e o folclore veio junto. Tá na moda dançar folclore e tarab! Então, as BDSS ficaram meio de lado. A crítica mais comum que o Miles recebe é justamente esse, de que o show não apresenta performances muito tradicionais. Sugiro a leitura da entrevista que ele concedeu à revista Shimmie (ano 1, edição 2, 2011), muito lúcida.

Jillina agora comanda o "Bellydance Evolution" e muitas bailarinas que passaram pelas BDSS, agora têm seus próprios grupos e projetos ou seguiram carreira solo.

Agora que elas não estão mais na moda (aqui no Brasil), fica cada vez mais improvável assistirmos, pela primeira vez, algum show, como já aconteceu em algumas cidades do mundo. Eu sei que a Adriana Bele Fusco já trouxe algumas famosas da trupe para cá, mas nunca o show completo de alguma turnê deles.

Fica aí vontade de ver...


Bauce kabira,
Hanna Aisha

Um comentário:

  1. Para mim que retornei aos estudos este ano, eu estava afastada desde 2002 foi novidade o BDSS, te juro, quando eu vi pelo tubão eu achava que elas ainda estavam em alta. Através deste post teu fico sabendo da realidade da Companhia.
    Mas mesmo não tendo acompanhado de perto durante estes 10 anos, pelo que vi por vídeos tudo era muito bem produzido e muito moderno mesmo.
    Eu tive uma professora já em idade avançada, foi minha única professora presencial, e ela tinha a dança bem tradicional, mais pé no chão, raramente dançava em meia ponta e nem mesmo passava isto em sala de aula. Infelizmente não tive ela por muito tempo aqui em Palmas-To, depois ela se mudou para Goiânia. Não pude conversar mais com ela pra saber mais coisas a fundo sabe. Tudo ficou muito superficial.
    Naquela época início dos 2000 pouco se tinha ainda na internet em língua portuguesa e o que fui sabendo e pesquisando foi através de sites como da KK e na época outros sites de bailarinas famosas da época.
    Eu adoro teu blog, me traz muita informação, e como estudante eu considero isto primordial.


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