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sábado, 26 de janeiro de 2013

A importância dos vídeos antigos

Post revisto e reescrito em 19/08/2018

Quase todo mundo diz que suas referências são as bailarinas egípcias ou que, por exemplo, Souhair Zaki e Samia Gamal são suas fontes de inspiração. Mas quem será que realmente as estuda, assim como várias outras bailarinas da "Era de Ouro"?

A ideia desse post não é enaltecer uma ou outra bailarina, que já estamos carecas de vê-las sendo idolatradas. Mas, discutir a importância de se estudar vídeos antigos para nos inspirarmos e entendermos a Dança que praticamos hoje. Existem vários canais no YouTube que postam filmes antigos, bailarinas, etc. Vamos entender o porquê de estudá-los:

- É bem constante esses vídeos se passarem em ambientes que "reproduzem" a realidade árabe. Isso inclui figurino, música, comportamento, expressão. Torna-os excelente fonte de inspiração para cenários e vestimenta, como um casamento egípcio:


- Oportunidade de tentar entender mais os folclores. Não que os filmes os representarão fielmente (até porque o Reda coreografou alguns), mas, pelo menos, temos acesso a leituras diferentes:


- Por mais que algumas estudantes/bailarinas de DV ainda não apreciem as bailarinas antigas, elas tiveram importância fundamental, não apenas na divulgação da dança árabe, mas foram pioneiras e criadoras de muitos movimentos que utilizamos hoje, sem dúvida. Fora que podemos tentar entender a expressão, captar poses. Quem nunca aprendeu o soldadinho (ou cavalo) da Suhair Zaki (0:42-0:46)?


- Descobrir que aquela música "nova" da moda, na verdade, é mais antiga que você pensava! Ou você achava que "Emta Omri" era apenas instrumental? Nesse vídeo, um exemplo de um balady muito conhecido nosso, chamado "Habibi ya aini", dançado por, óbvio, Fifi Abdo:


- Por mais que você as ache brega ou exageradas, por que você acha o máximo o clip "Dark Horse" da Kate Perry ou quando a Lady Gaga entra com um cavalo no palco? Todas elas tiveram uma importância enorme, principalmente política e econômica, com suas estéticas e forma de dançar. Por que você acha brega a Nagwa Fouad entrar carregada por homens em uma tenda dourada?


Agora, vamos às coisas ruins desses vídeos, NA MINHA OPINIÃO:

- Geralmente, não curto o trabalho de braços destas bailarinas mais antigas. No workshop que fiz com o Gamal Seif, ao discutir braços dentro da DV, eu perguntei a ele porque as egípcias não usavam tanto os mesmos e ele respondeu: "Quem disse que elas trabalhavam braços?". Não posso confirmar a veracidade dessa resposta que ele deu, mas tenho essa sensação também. Particularmente, eu não curto o braços da Samia Gamal:


- Homens babando e o destaque a peitos, pernas, caras e bocas de forma meio apelativa aparece, às vezes, mesmo entre as famosas (mas, entendo que somos de épocas bem diferentes):


A ideia desse post é fazer vocês tentarem buscar o que há de bom nesse vídeos, tentando filtrar o que você pode achar estranho ou o que você acha que não cabe na sua dança. Consulte profissionais, caso haja dúvidas sobre qualquer um desses tópicos! Aqui, meu vídeo mostrando uma performance em que usei uma dança da Suhair Zaki (minha preferida da Golden Era) para me inspirar e poder homenageá-la:


Bons estudos!
Bauce kabira,
Hanna Aisha

domingo, 13 de janeiro de 2013

Bem-vindo 2013!

"- Desde que você o deseje, pode ir a qualquer lugar e a qualquer momento - disse-lhe o Mais Velho. - Que me lembre, já fui a todos os lugares e a todos os momentos. - Olhou o mar, pensativo. - É estranho... As gaivotas que desprezam a perfeição por amor ao movimento não chegam a parte alguma, devagar. As que ignoram o movimento por amor à perfeição chegam a toda parte, instantaneamente. Lembre-se, Fernão, o paraíso não é um lugar nem um tempo, porque lugar e tempo não significam nada.
(...)
Segundo Chiang, o truque estava em Fernão deixar de se ver aprisionado dentro de um corpo limitado cujas asas abertas abrangiam a distância de um metro e cuja eficiência podia ser traçada num mapa.
O truque estava em saber que a sua verdadeira natureza vivia tão perfeita como um número não escrito, em toda parte e ao mesmo tempo, através do espaço e do tempo".

Fernão Capelo Gaivota (Richard Bach)

Saúde, paz, amor e luz!

Não agradeci aos leitores que acompanharam e participaram do blog *Hanna Aisha* em 2012: obrigada! Sem leitor, eu falo aqui sozinha. E isso não adianta nada. Espero que o blog cresça em 2013 e que juntos possamos nos aproximar e tentar fazer crescer ainda mais um pouquinho a nossa querida Dança do Ventre!

Confesso que não sei como será meu 2013, já que será meu último ano do doutorado. Na verdade, eu imagino como será e pode ser que o blog fique um pouco prejudicado com a constância dos posts. Bom, todos nós temos momentos conturbados, mas vou tentar contorná-los, até porque gosto demais de escrever aqui e de ter o retorno dos leitores!

Vamos começar o ano assistindo a minha, a sua, a nossa maravilhosa Nour, com sua alegria e musicalidade únicas para nos enebriar de energia positiva!


Bauce kabira,
Hanna Aisha