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sábado, 25 de janeiro de 2014

Estudando em casa

Post a pedido de Samantha Monteiro e Flavia Winchan

Qual a utilidade de vídeos instrutivos?

Muitas! Eles nos ensinam a limpar os movimentos e nos apresentam a movimentos novos. E a vantagem é que você tem o tempo que quiser para aprender. Teoria e história é algo bem mais difícil de encontrar nesse material. Nesse caso, sugiro um workshop ou aula presencial mesmo, até porque é mais fácil para tirar dúvidas.

Apesar de saber que algumas bailarinas se "formaram" somente através de vídeos didáticos (principalmente no fim dos anos 1990 e início dos anos 2000), hoje em dia, acho que isso talvez não seja mais necessário porque é cada vez mais comum a realização de eventos e workshops a preços acessíveis. Mas, e as meninas que estão longe das cidades grandes? Se elas não quiserem/possam gastar dinheiro com as viagens, talvez os DVDs e YouTube ainda sejam a melhor opção.

E como estudar em casa através desses vídeos?

DVDs didáticos: Assisti-lo sem copiar os movimentos no corpo e apenas anotar as sugestões. Depois, assisti-lo copiando os movimentos.

Se você é apenas aluna, tenta inserir os movimentos que você mais gostou nas suas próximas coreografias. Assim, você aumenta seu vocabulário e treina.
Se você é professora, insira os movimentos nas suas aulas. Assim, você treina também!
Se você é somente bailarina, apenas insira os movimentos novos na sua rotina de treinamento.

DVDs de performances: Pode ser uma excelente opção para conhecer novos estilos, modalidades ou, até mesmo, "pescar" algum movimento novo, uma pose, deslocamento ou até expressão.

Importante selecionar os DVDs que você vai escolher para estudar. Lembra que seu tempo é precioso; é como se você fosse escolher um workshop para fazer. Existem muitos DVDs ruins, ruins mesmo. Aqui, você vai encontrar os posts que já publiquei aqui no blog recomendando alguns para estudo [Aceito sugestões também!].

Aulas no YouTube: Não é diferente dos DVDs didáticos. A diferença é que você pode encaixá-los mais facilmente na sua programação por eles serem curtos e de fácil acesso.

Como fazer uma rotina de estudo em casa?

Isso vai depender essencialmente de seu tempo disponível e determinação. Dizem que treinar 5 minutos de shimmie diariamente solta o quadril. E é verdade. Você pode alternar os dias da semana com exercício, teoria ou vendo vídeo de performances. DVDs didáticos tomam tempo e atenção; você pode assistir um a cada 15 dias, de repente no seu fim-de-semana. Eles levam em torno de 1 hora.

Dança do Ventre não é diferente de qualquer outra dança ou até mesmo de fazer dieta ou exercício físico. Para melhorar, é preciso disciplina e boa vontade. Acho que determinar objetivos claros ajuda muito a focar. Por exemplo: quero fazer a prova para o Sindicato de Dança para tirar o DRT. Baseado no dia da prova, que tal organizar um cronograma com uma rotina de estudos detalhado? Assim, você não fica ansiosa achando que não vai dar tempo de estudar tudo e dá atenção a cada tópico que você mesma propôs.

Recomendo a leitura do blog da Dunya, que mostra váááários vídeos com muitas dicas para estudar em casa.

Divida sua experiência conosco!

Bauce kabira,
Hanna Aisha

sábado, 18 de janeiro de 2014

Para dar uma estudada... literalmente (5)

Fiquei em dúvida se colocava esse vídeo na coluna "Desconstruindo leituras" ou nessa coluna de hoje. Daí, resolvi deixar aqui mesmo porque essa bailarina do Cazaquistão é extremamente limpa, criativa, carismática, precisa. Incrível. Para ver muitas vezes!



Bauce kabira,
Hanna Aisha

domingo, 12 de janeiro de 2014

Por que Dança do Ventre?

Feliz 2014!

Particularmente, para mim, o Ano Novo não me representa renovação. Minha vida é renovada dentro dos capítulos que eu inicio e consigo fechar, por exemplo: escola, graduação, mestrado, doutorado, emprego... Mas, de qualquer maneira, desejo que esse ano seja mais enriquecedor e mais leve que 2013! E retomo o blog com a seguinte pergunta: Por que você resolveu fazer Dança do Ventre? 

Cada um dos praticantes dessa dança (que dizem ser milenar) tem seus próprios motivos: se encantou com alguma música, livro, pintura, vídeo, dança; a família é árabe... uns mais clichês, outros mais específicos. Não importa: não há quase ninguém no mundo que não se sensibilize com a música árabe pela primeira vez e não imagine um mundo exótico de sonhos (vamos discutir o orientalismo depois em outro post?).

Quem aprendeu DV pelos anos 90, vivenciou outro mundo de "regras", figurinos, música e movimentos. Algumas bailarinas ainda mantêm algo desse "momento", são conhecidas por "old school", como a Yasmin Nammu:



E é justamente esse momento old school que algumas bailarinas que, hoje têm por volta de 15-20 anos de dança, contam que se apaixonaram por ela, dessa forma que era dançada. Suave, sensual, etérea, quase mágica. Hoje, essas mesmas bailarinas, reclamam, dizendo que "falta essência" na dança das bailarinas mais novas, que o excesso de técnica e de "strass" tirou.



E quem está certo nessa história? Hum... ninguém a meu ver. É questão de gosto mesmo. Tem público que gosta de performances mais do que "dança com sentimento". E vice-versa. Eu acredito que toda forma de expressão artística (também não discutiremos isso aqui hoje) tem seu espaço, mas garantir a popularização e o "sucesso" de todas é tarefa realmente difícil.

A questão desse post é fazer você refletir no que você quer dançar. Onde você se sente mais confortável? Você já tentou experimentar esse "retorno à essência"? Já tentou se desamarrar do que é moda e procurou sentir em você o que te dá satisfação? Já percebeu o que em você mais agrada ao público?

Convido a todos vocês a fazerem essa reflexão, não importa se você é aluna, profissional, professora, produtora. Saber o que lhe faz bem e que seus objetivos, em cima desse bem-estar, estão sendo atingidos, é o que pode tornar o seu 2014 mais enriquecedor e mais leve, como eu desejo. Sem frustrações e excesso de cobrança.

Bauce kabira,
Hanna Aisha