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sábado, 31 de janeiro de 2015

Oásis Siwa

Siwa é um oásis que fica na parte oeste do Egito, a 67 quilômetros da borda com a Líbia e a 10 horas de ônibus a partir do Cairo e, até pouco tempo, ninguém entrava sem uma permissão especial. Levou mais de mil anos para que o oásis ficasse sob o controle do governo do Egito, o que ocorreu em 1819. Os siwans, são os únicos nativos berbéres que se mantiveram independentes após o declínio do Oráculo do Amun.
A cultura de azeitona e tâmara é a sobrevivência principal desse povoado há centenas de anos e a abundância de água atraiu muitos estrangeiros. Hoje, o turismo e o artesanato também contribuem para a economia local. Palmeiras de tâmaras e construções de lama são a principal paisagem desse oásis.

O povoado original de Siwa são bérberes cuja língua nativa não é o árabe. Bérberes são pessoas que moraram no norte da África antes da chegada dos árabes e do Islam. Suas tradições e estilo de vida são diferentes da maioria dos egípcios, mais parecidos com a cultura líbia. Eles falam Siwi, que está relacionado a línguas bérberes como as da Líbia, Algéria e Marrocos. Hoje, a língua possui influência do árabe e alguns falam inglês por conta do turismo.
Os siwans são divididos em sete tribos e cada grupo possui seu próprio shaikh, que media disputa de terras e assuntos legais, com punições que incluem de espancamento a banimento da tribo.

Da infância até o casamento, as meninas usam longos vestidos de tecidos duros com babados nas mangas e abaixo da cintura e bordados com lantejoulas. As mulheres casadas precisam pedir permissão para sair de casa e quando saem, usam o tarfotet, cobrindo desde a cabeça aos pés. Os homens usam galabeyas acima dos joelhos, pisando na areia, manejando os quadris pra frente e para trás. É uma dança típica de Siwa, incluindo variedades feitas em grupo para a colheita. Eles realizam movimentos pélvicos pegando suas mãos e pés, imitando posições sexuais.

Em Siwa, há uma longa história de relações homossexuais legalizadas até que o Rei Fouad os baniu em 1928. Porém, as relações se mantiveram secretas até 1950 e eram aceitas porque ajudava a reforçar a proteção das mulheres e mantinha a juventude isolada. Antes do casamento, as mulheres siwan não estão disponíveis, logo, historicamente os homens passaram a procurar-se, trocando para mulheres após o casamento. Trabalhadores chamados zagallah trabalhavam nos campos, coletando tâmaras e eram pagos com comida. Eles não podiam casar antes dos 40 e frequentemente não tinham dinheiro para casar, logo, eles ficavam juntos. Os zagallah ficavam fora do Shali, um antiga fortaleza onde a maioria das pessoas morava e tinham a tradição de beber vinho de tâmara e festejar até horas adentro. Agora, o álcool é ilegal no oásis.

Em 1937, o antropólogo Walter Cline escreveu a primeira etnografia detalhada dos Siwans em que ele observou: "Todos os homens e meninos normais Siwan praticar sodomia... entre si, os nativos não se envergonham disso; eles falam sobre isso abertamente como eles falam sobre o amor das mulheres, e muitos, senão a maioria de suas lutas, surgem da competição .... homens proeminentes emprestar seus filhos para o outro. A maioria dos meninos usados na sodomia têm entre doze e dezoito anos de idade".

Infelizmente, por conta da história sobre homossexualidade, muitos turistas vão até Siwa para praticar pedofilia.



Bauce kabira,
Hanna Aisha

sábado, 17 de janeiro de 2015

DVDs de Dança - parte 6


Lindonas,

Recomendo o DVD de Véus da bailarina Ana Claudia Borges (SP), produzido pela Ventreoteca da Revista Shimmie! A Ana Claudia é uma grande bailarina no quesito véu aqui no Brasil, tanto pelo manejo quanto pela criatividade do seu uso.

Ela começa apresentando movimentos super básicos e vai até movimentos  mais avançados, incluindo véu duplo e sete véus.

Vale a pena ter o DVD como um consultor, caso você se sinta um pouco repetitiva no seu manejo com o véu e queira relembrar ou dar uma inovada mesmo.



Bauce kabira,
Hanna Aisha