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segunda-feira, 14 de março de 2016

Dica de livro Especial - "Árabes no Rio de Janeiro"

Olá!

Este post é consequência de uma parceria que a Editora Cidade Viva propôs para o blog! Calma, eu explico lá embaixo o que é essa parceria! Mas, antes, lê sobre o que se trata o livro!

Vim aqui para divulgar e recomendar o livro "Árabes no Rio de Janeiro - uma identidade plural", por Paulo Gabriel Hilu da Rocha Pinto. Este é o 3o. livro de uma série sobre imigrantes na cidade (os outro volumes são sobre os portugueses e judeus). Essa série descreve a importante contribuição desses imigrantes para a formação cultural e econômica da cidade do Rio de Janeiro.

Ele é dividido em 5 partes: A partida, A chegada, Construção da identidade no Brasil, Construção da comunidade e Fixação da identidade.

Durante o século 19, o Rio de Janeiro tinha 1,2 milhões de pessoas e os imigrantes chegaram a ser 1/5 dessa população. Vários motivos levaram esses imigrantes árabes (de origem síria e libanesa, principalmente) a chegarem ao Brasil: perseguição religiosa, opressão política, pobreza e a decadência do Império Otomano. A imigração para o Rio de Janeiro, capital do Brasil na época, se inicia em 1880 e, em 1920, eles chegam a ser 3% da população, sendo o Estado com a 2a. maior concentração do país.

A grande maioria começou aqui como comerciante ambulante (mascates), mas alguns passaram a produzir frutas e outros chegaram a abrir lojas e indústrias próprias, que se tornaram muito importantes para a cidade. Alguns outros acumularam capital e voltaram para suas terras de origem, onde puderam se estabelecer como proprietários de terra. A introdução do uso do crédito e da barganha fez com que eles crescessem e se destacassem rapidamente entre os cariocas.

A organização da comunidade árabe começa com a fundação de instituições de naturezas variadas no fim do século 19, crescendo entre 1900-1920. Elas tinham caráter étnico-cultural para preservação de uma identidade coletiva ligada à língua árabe, onde rituais e festas religiosas catalisavam sua identidade constituindo uma comunidade.

A concentração dos primeiros imigrantes em áreas comerciais do centro, como a Rua da Alfândega e das ruas adjacentes, formando o complexo SAARA, permitiu a inscrição dos elementos culturais árabes no próprio espaço urbano carioca. Esse centro comercial funciona muito bem até hoje e é uma das referências em comércio no Rio de Janeiro. Além disso, alguns desses imigrantes viram na cidade novas oportunidades de investimento empresarial para os imigrantes árabes, que ajudaram a expandi-la com a criação de diversos bairros.

Esse livro se torna importante referência porque existem poucos estudos sobre o árabes no Rio de Janeiro, já que a grande maioria foi para SP, devido seu dinamismo econômico. O texto, por ser de um acadêmico, está todo escrito usando referências e relatos de descendentes de árabes da cidade. Logo, não é apenas um achismo, é produto de pesquisa importante para profissionais como teólogos, historiadores e sociólogos, além de ser interessante leitura para descendentes de árabes, profissionais envolvidos com Dança Árabe e curiosos.

É de capa dura e a qualidade do material é muito boa, com muitas fotografias e documentos pessoais.

Bauce kabira,
Hanna Aisha

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